terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Natal num castelo da França



« Gloire à Dieu au plus Haut des Cieux, Et paix sur la Terre au hommes de bonne volonté »

[“Glória a Deus nas alturas! E paz na Terra aos homens de boa vontade!”]

Em Belém, nenhum albergue abriu suas portas para a Sagrada Família.

E o Menino Jesus nasceu numa pobre gruta, aquecido pelo calor de um boi e de um asno.

Como reparação, no Natal de cada ano, salões franceses abrem suas portas ao Divino Menino, sua Santa Mãe e o Patriarca São José.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O primeiro esboço de castelo apareceu sem Estado, quando a família era o último reduto.

Chaumont-sur-Loire, no vale do Loire, França.
Chaumont-sur-Loire, no vale do Loire, França.


No caos produzido pela decomposição do Estado após as invasões bárbaras, a família virou o último reduto dos homens.

A vida social se encerra no lar, pequena sociedade a princípio isolada, mas vizinha de outras iguais a ela, que aos poucos vão se agrupando para formar as primeiras coletividades.

Os homens que se revelam mais capazes tomam naturalmente a direção, capitaneiam a reação ante a natureza e os inimigos, organizam a defesa, a vida comum.

A hierarquia social renasce espontaneamente e a autoridade ressurge, numa comunidade formada por famílias, e que é por sua vez uma família maior, na qual o chefe será um pai comum que velará sobre todos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Castelo de Trujillo:
magnífico símbolo de heroísmo

Luis Dufaur


Este é o castelo de Trujillo, localizado na província espanhola de Cáceres. É digna de nota a tática empregada na sua construção: muralhas extensas e torres enormes.

Se construíram muralhas tão grandes, por que edificar torres tão salientes? Não seria melhor concentrar tudo na muralha? Qual é o papel militar da torre?

A finalidade da torre era a seguinte: os inimigos quando atacavam eram enfrentados dos dois lados. Tática que oferecia aos defensores um embasamento melhor.

Os atacantes levavam altas escadas e catapultas — aparelhos que lançavam pedras pesadíssimas sobre os que guarneciam a muralha —, também dardos incendiários e barricas com material incendiário projetados para dentro do castelo.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Origem dos castelos na Idade Média: as invasões bárbaras deixaram as cidades em ruínas

Castelo de Jonzac, Poitou-Charentes, França.
Castelo de Jonzac, Poitou-Charentes, França.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A França do século IX era um país em plena formação.

Seus habitantes descendiam das tribos bárbaras convertidas no século IV por São Remígio, e que com o suceder das gerações tinham ido se civilizando sob a influência benéfica da Igreja.

O gênio poderoso de Carlos Magno havia unificado o país e lhe dera uma organização definida que, apoiando-se sobre os valores locais, ia formando uma sociedade orgânica, com um crescimento espontâneo, forte, vital.

Sobre esta civilização incipiente abate-se um cataclismo.

São invasões maciças de sarracenos pelo sul, de húngaros ferocíssimos pelo leste, e, piores que todos, de normandos vindos do norte em navios, com os quais não só pilhavam as costas como entravam pelos rios adentro.

Estas hordas saqueiam cidades e vilas, queimam as igrejas, devastam os campos, levam atrás de si multidões de cativos.

Por toda parte vêem-se cidades arrasadas, e nas ruínas só habitam animais selvagens.

Os soldados, incapazes de resistir, aliam-se aos invasores e pilham com eles.

Castelo de Fenis, Val d'Aosta, Itália.
Castelo de Fenis, Val d'Aosta, Itália.
A autoridade soberana perece, as lutas privadas entre indivíduos, famílias e grupos são infinitas.

Então, os mais fortes se entregam a violências; não há mais comércio, indústria, agricultura; todos os costumes, leis e instituições desmoronam; não há mais laços que unam os habitantes do país.

O Estado desaparece nessa imensa catástrofe.

Fugindo ao terror e à desordem, os homens buscam abrigo no fundo das florestas, no alto das montanhas, no meio dos pantanais — em lugares inacessíveis, onde a cupidez e a crueldade dos invasores não os atinja.

Cidades, vilas e aldeias se dispersam, e cada qual foge para onde pode.

Cada qual, ou melhor, cada família. Pois a família é, neste caos, a única célula social que permanece intacta.

Castelo de Karlstejn. República Checa.
Castelo de Karlstejn. República Checa.
Tendo seu fundamento não nas leis, mas na ordem natural e no coração humano, enrijecida pela força sobrenatural da graça que a Igreja lhe comunica, ela é o único baluarte que resiste ao ímpeto da barbárie.

Dela partirá o trabalho de reconstrução social.

No seu refúgio a família resiste, se fortalece, torna-se mais coesa.

Animada pelo espírito católico que a vivifica, ela não se deixa esmagar pela adversidade, mas reage.

Obrigada a bastar-se a si mesma, cria os meios para se sustentar e se defender.


(Fonte: “Catolicismo”, nº 57, setembro de 1955)


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terça-feira, 16 de setembro de 2014

O castelo medieval, jóia da Cristandade

Castelo na Aquitânia, França

De dois modos costuma-se ver os castelos feudais.

Ora é o suave e romântico solar dos contos de fadas, com suas torres brilhando ao luar, sua ponte levadiça baixando silenciosamente para deixar entrar o príncipe valente e formoso, que vem encontrar-se com a dama dos seus sonhos, enquanto o vigia soa a trompa e as notas maviosas se espalham pelo lago ao redor, etc.

Para outros é o tenebroso reduto da opressão de um tirano, com negras masmorras em que gemem servos desgraçados.

Segundo essa tétrica versão, as plantações dos camponeses foram destruídas pelas cavalgadas do senhor em alegres folgares de caça, ou pilhadas por sua hoste em rudes lides de guerra.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

La Brède: castelinho encantador cheio de história da pequena nobreza


continuação do post anterior (para os dados históricos clique aqui)


O castelo de La Brède nasceu como um castelo estritamente funcional. Todas as partes dele foram calculadas para uma função militar muito definida.

Mas, apesar dele ser estritamente funcional, não lhe falta grande beleza e encanto. E isso não obstante o fato de se tratar de uma construção pobre.

De onde vem essa beleza e esse encanto? Qual é o valor artístico desse castelo construído manifesta-mente com a preocupação principal de ser uma fortaleza e não de ser uma bonita construção?

O primeiro elemento de beleza é dado pelas águas. Tudo que fica à beira da água sobe de valor.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Almansa: um castelo de sonhos e heroísmo cristão

Almansa: um castelo de sonhos e heroísmo cristão
Almansa: um castelo de sonhos e heroísmo cristão
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Como que se faz análise de uma fotografia?

Olhando e tendo a primeira impressão; depois, procurando ver qual a sensação que ela causa e, em seguida, analisando o fundamento dessa sensação.

Na foto desse castelo da Espanha, o Almansa, é preciso fazer uma distinção entre dois campos visuais admiravelmente harmônicos, mas perfeitamente distintos.

Um é o castelo propriamente dito — com a montanha que lhe serve de base — e o outro é o conjunto de nuvens extraordinárias que servem de moldura para a fortaleza.

O castelo e as nuvens fazem centralizar toda a vista na torre. Esta incute a impressão de altaneria, dignidade e majestade extraordinárias.

Tem-se a ideia de que essa torre enfrenta, do alto desse monte, um inimigo que surge ao longe.

A torre incute a impressão de altaneria, dignidade e majestade
A torre incute a impressão de altaneria, dignidade e majestade
Mas que ela o enfrenta com galhardia, olhando como quem ameaça dizendo: “Aproxima-te que eu te esmago, não temo!”

Não é fanfarronada. Porque se percebem outras muralhas da fortaleza, que mostram o quanto ela é profunda, que possui tropas e outros elementos para resistir.

Esse fidalgo atrevimento da torre tem a sua razão de ser: revela que o castelo é poderoso e não teme nada.

No alto, as nuvens se acumulam densas e majestosas. Dir-se-ia que elas simbolizam o tremendo da batalha que pode dar-se.

Seriam como que uma voz da História dizendo ao senhor feudal do castelo: “As ameaças da vida pairam sobre ti, chegou a tua hora de lutar. Sê herói ou serás esmagado!”

Nesta cena, o artista soube fotografar o castelo numa hora em que a luz deu-lhe a aparência de âmbar ou de porcelana. É um castelo de sonhos, um castelo irreal.

Qual a missão desse castelo? Lembrar à alma comodista do homem contemporâneo alguma coisa que o deve envergonhar. É que ele perdeu o senso do sacrifício, perdeu o gosto da luta e não sabe mais o que é ser herói.

Para as populações acovardadas de hoje em dia o castelo é uma lição de moral, que fica proclamando a grandeza de alma dos espanhóis da Reconquista, que por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, a Nossa Senhora e à Santa Igreja Católica, foram povoando a Espanha de castelos à medida que iam reconquistando o país; para que os muçulmanos não pensassem jamais em voltar. Se voltassem, encontrariam essa rede de castelos para fazer-lhes oposição.

É o heroísmo cristão! Heroísmo que nasceu no mundo quando Nosso Senhor Jesus Cristo expirou na Cruz, redimindo o gênero humano e a Santa Igreja católica pôde começar a difundir-se entre os povos.

Almansa fala do senso do sacrifício, da luta e do heroismo.
Almansa fala do senso do sacrifício, da luta e do heroismo.

(Autor: excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5-5-1984. Sem revisão do autor.)

Situado na cidade de Almansa, na província de Albacete (Espanha), o castelo de Almansa é o mais preservado da região de Castilla La Mancha.

Cravado no Cerro del Aguila, suas origens remontam ao século XIII, mas a aparência atual é do século XV, quando passou a ser propriedade de Dom Juan Pacheco, Marquês de Villena.

Em 1921 a fortaleza foi declarada Monumento Histórico-Artístico Nacional.






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terça-feira, 8 de julho de 2014

Em volta do castelo da Idade Média, nobres protetores e plebeus obedientes formaram uma família social

Castelo de Auzers, Cantal, França.
Castelo de Auzers, Cantal, França.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Com o correr do tempo a família do “sire” que reina sobre o primeiro esboço do futuro castelinho chamado de “motte” se multiplica em novos ramos.

Estes continuam unidos ao tronco pelo espírito de solidariedade que os anima, pelo desejo de ver crescer a sua “pátria”.

Pois “pátria” significa a “terra onde estão enterrados os pais” (do latim pater=pai).

Os artesãos e lavradores também permanecem, de geração em geração, ligados à estirpe do seu senhor.

Todos continuam a reconhecer a chefia do filho mais velho do senhor, i. é, o primogênito.

Todos vêem nele o pai comum, sucessor daquele que foi “pai” e protetor de seus pais. Dão-lhe o nome de barão, título que na origem é bastante largo.

Castelo de Pesteil, Cantal, França.
Esta família maior, oriunda da família básica e conservando os caracteres desta, é a “mesnada”.

Algumas “mesnadas” se destacam por sua prosperidade, seu vigor, sua capacidade de resistir a ataques inimigos.

Atraídos por sua fama, muitos que não se sentem em segurança em sua própria terra ingressam em seu seio, com suas famílias, encontrando ali a proteção de que necessitam e contribuindo para o seu fortalecimento e crescimento.

Com a “mesnada”, a “motte” evolui para o castelo ainda rudimentar.

Duas linhas de defesa o protegem: a primeira formada por um fosso e por uma paliçada de madeira assente sobre uma escarpa de terra, tendo na entrada um pequeno fortim avançado, a barbaça.

A segunda — separada da primeira por um fosso chamado liça, no qual havia às vezes hortas e jardins — é uma robusta muralha de pedra, entremeada de torres e circundada por um caminho de ronda, por sua vez protegido por um parapeito com ameias.

Castelo de Almansa, Albacete, Espanha
Atravessa-se essa muralha por uma porta ladeada por duas torres, dotada de ponte levadiça e de uma grade de ferro que se move no sentido vertical.

Dentro do castelo há duas áreas.

Na primeira estão as habitações dos artesãos e os abrigos dos camponeses — que já não moram dentro, mas ao redor das fortificações — onde se refugiam em caso de ataque, com suas famílias, seus bens e seus animais.

Na segunda ficam as acomodações dos companheiros e parentes mais remotos, a pequena capela (em geral sede da paróquia, centro da vida espiritual e alma dessa comunidade) e a torre de menagem, residência do barão e de sua família mais próxima, que continua sendo o centro da resistência, o último reduto da defesa.

Sobre ela, dominando tudo, a torre de vigia. Enquanto o casario é de madeira, dando ainda a impressão de acampamento, a muralha, as torres e o imponente “donjon” já são de pedra, robustos e duradouros.

(Fonte: “Catolicismo”, nº 57, setembro de 1955)


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terça-feira, 27 de maio de 2014

Foulques Nerra, grande construtor de castelos:
“seus remorsos estavam à altura de seus crimes”

Castelo de Missillac
Castelo de Missillac

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Há uma diferença fundamental entre o homem moderno e o homem medieval.

Não podemos nos iludir: os homens da Idade Média eram homens como nós, concebidos no pecado, que tinham que fazer muito esforço para se vencerem a si próprios e serem bons.

E houve medievais ruins, pecadores, criminosos ou heréticos, além de bons, virtuosos, campeões da lei e da fé.

Eles também encontravam um contexto social e econômico muito conturbado. Mas de um modo diverso: a civilização e a ordem romana haviam ruído estrepitosamente. Não havia ordem no início da era medieval. Tudo era caos e confusão.

E essa desordem geral era propícia a toda espécie de crimes e abusos que, de fato, aconteciam.

Castelo de Montsoreau, Pays de la Loire
Castelo de Montsoreau, Pays de la Loire
A diferença estava em que o medieval tinha também um coração amante e um enlevo de criança pela pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Enquanto o bandido moderno – e muitas vezes o não-bandido moderno – ostentam uma frieza assustadora, inumana até, diante do crime ostensivo ou dissimulado, o medieval chorava sincera e profundamente seus pecados.

Vejamos o caso de Foulques Nerra (965/970-1040), duque de Anjou. Ele foi um homem muito característico dos primeiros séculos medievais:.

Ele foi um personagem de temperamento violento e de uma energia pouco comum. Nele ainda fervia o sangue dos bárbaros não há muito batizados.

Passou para a história como “um dos batalhadores mais agitados da Idade Média”, segundo o historiador Achille Luchaire.

Fazendo jus ao não remoto sangue bárbaro, Foulques foi cruel. Porém, depois de suas más ações, sua consciência falava. E aqui encontramos uma diferença com o bandido moderno.

Foulques tinha um coração amante e um enlevo de criança pela pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo que lhe fazia sentir o mal moral e a ofensa a Deus de suas más ações. Ele era um homem muito sensível ao bem e ao mal.

Por isso ele sentia remorsos e fazia sinceras penitências. Já foi escrito que “seus remorsos estavam à altura de seus crimes”.

Quarto num castelo do vale do Loire
Quarto num castelo do vale do Loire
Hoje os turistas fazem muito bem em visitar o famoso vale do Loire, na França, cheio de castelos maravilhosos.

Sabem eles que na origem dessa  proliferação magnífica de castelos e também de abadias, estava um grande pecador e um grande penitente: Foulques Nerra?

Entre castelos para suas guerras e abadias para purgar suas ofensas a Deus, ele construiu assim cerca de cem prédios históricos.

Talvez Foulques seja o personagem a quem o vale do Loire mais deve castelos e abadias.

Mais. Peregrinou três vezes à Terra Santa (em 1002, 1006 e 1038), em reparação pelas suas más ações.

Em sua última romaria a Jerusalém, dirigiu-se com o dorso nu até o Santo Sepulcro, enquanto dois de seus servidores, por ordem sua, flagelavam-no e bradavam: “Senhor, recebei o péssimo Foulques, conde d’Anjou, que Te traiu e renegou. Olha para sua alma arrependida, ó Senhor Jesus!”

Após inúmeras guerras, ereção de castelos e abadias, Foulques se extinguiu na paz de Deus na cidade de Metz, na França, voltando da romaria penitencial da Terra Santa que acabamos de mencionar.

A bênção da penitência bem feita de Foulques Nerra ainda perfuma o famosíssimo vale do Loire povoado por seus castelos.



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