terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Blois: castelo povoado de personagens e eventos históricos — 1

Pavilhão renacentista-medieval
Pavilhão renacentista-medieval
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Os castelos condensam a história de sua região ou de seu país.

Os grandes fatos que neles se deram ficam registrados como num livro vivo aberto a todos que sabem lê-lo.

Eles mantêm os ambientes onde se passaram fatos memoráveis, bons ou maus, e como que estão habitados pela presença dos personagens que neles participaram.

É o caso do castelo real de Blois no vale do rio Loire, na França.

Estátua do rei Luis XII, na fachada do pátio interior
Durante o reinado de Carlos o Calvo, em 854, foi edificado o Blisum castrum — “o castelo de Blois” sobre a ribanceira do rio Loire, rio que divide a França pelo meio.

O motivo foi forte: a região era atacada pelos Vikings que entravam rio sdentro tudo devastando.

Quem hoje passa ao pé da fachada de pedra que dá para o rio pode imaginar esses furiosos vikings com seus cascos com chifres tentado escalá-la em luta com os defensores

A fortaleza ficava no cerne do feudo dos condes de Blois, poderosos senhores feudais dos séculos X e XI cujas terras iam desde Chartres até a Champagne.

O conde de Blois comandava a I Cruzada durante o cerco de Antioquia.

A situação da empresa militar, num certo momento, ficou muito difícil para os cruzados, eles estavam quase perdidos e o conde de Blois voltou para a França.

De retorno ao castelo, sua mulher Adelaide de Blois o expulsou de casa, e mandou-o voltar para a Cruzada.

Ele retornou para a Cruzada e morreu heroicamente na batalha de Ramla.

Dormitório da Rainha
Dormitório da Rainha
Ela, então, foi para convento de Massigny, da linha feminina de Cluny, e ficou monja beneditina e abadessa.

Era filha de Guilherme o Conquistador, que conquistou a Inglaterra. Ela era uma mulher virtuosíssima e incentivou muito o marido para ir à Primeira Cruzada.

Seria interessante passear pelas partes medievais imaginando esta singular “briga de casal”.

A primeira fortaleza, dita a “grande torre” foi erigida por Thibaud le Tricheur no século X.

Uma gravura de por volta de 1080, mostra a Thibaud III julgando “na fortaleza de Blois, no pátio posterior do castelo perto da torre”.

Continua no próximo post



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terça-feira, 7 de janeiro de 2014

A Torre de Belém:
símbolo da vocação providencial de Portugal


A Torre de Belém em Lisboa se ergue sozinha.

Ela não faz parte de nenhum corpo de edifício. Está isolada.

Ela é apenas uma torre?

É, mas é quase um palácio em forma de torre, porque ela é espaçosa.

Ela consta de quatro andares.

No quarto andar, resplandecente de luz, está o caminho da ronda.

A torre está cercada de um patamar grande com guaritas nos ângulos, para os vigias ficarem durante a tempestade; para disparar fogo contra quem se aproxima.

A idéia de guerra está altamente presente na torre.

Sempre que um homem, ou uma senhora, apresenta com vaidade sua própria dignidade, só obtém a antipatia.

Mas, sempre que ele está consciente de representar algo mais alto do que ele, aí ele se torna respeitável.

Porque os homens valemos na medida que representamos algo de Deus.