Castelo de Auzers, Cantal, França. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Com o correr do tempo a família do “sire” que reina sobre o primeiro esboço do futuro castelinho chamado de “motte” se multiplica em novos ramos.
Estes continuam unidos ao tronco pelo espírito de solidariedade que os anima, pelo desejo de ver crescer a sua “pátria”.
Pois “pátria” significa a “terra onde estão enterrados os pais” (do latim pater=pai).
Os artesãos e lavradores também permanecem, de geração em geração, ligados à estirpe do seu senhor.
Todos continuam a reconhecer a chefia do filho mais velho do senhor, i. é, o primogênito.
Todos vêem nele o pai comum, sucessor daquele que foi “pai” e protetor de seus pais. Dão-lhe o nome de barão, título que na origem é bastante largo.
Castelo de Pesteil, Cantal, França. |
Algumas “mesnadas” se destacam por sua prosperidade, seu vigor, sua capacidade de resistir a ataques inimigos.
Atraídos por sua fama, muitos que não se sentem em segurança em sua própria terra ingressam em seu seio, com suas famílias, encontrando ali a proteção de que necessitam e contribuindo para o seu fortalecimento e crescimento.
Com a “mesnada”, a “motte” evolui para o castelo ainda rudimentar.
Duas linhas de defesa o protegem: a primeira formada por um fosso e por uma paliçada de madeira assente sobre uma escarpa de terra, tendo na entrada um pequeno fortim avançado, a barbaça.
A segunda — separada da primeira por um fosso chamado liça, no qual havia às vezes hortas e jardins — é uma robusta muralha de pedra, entremeada de torres e circundada por um caminho de ronda, por sua vez protegido por um parapeito com ameias.
Castelo de Almansa, Albacete, Espanha |
Dentro do castelo há duas áreas.
Na primeira estão as habitações dos artesãos e os abrigos dos camponeses — que já não moram dentro, mas ao redor das fortificações — onde se refugiam em caso de ataque, com suas famílias, seus bens e seus animais.
Na segunda ficam as acomodações dos companheiros e parentes mais remotos, a pequena capela (em geral sede da paróquia, centro da vida espiritual e alma dessa comunidade) e a torre de menagem, residência do barão e de sua família mais próxima, que continua sendo o centro da resistência, o último reduto da defesa.
Sobre ela, dominando tudo, a torre de vigia. Enquanto o casario é de madeira, dando ainda a impressão de acampamento, a muralha, as torres e o imponente “donjon” já são de pedra, robustos e duradouros.
(Fonte: “Catolicismo”, nº 57, setembro de 1955)
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eua adoooooooooro a idade media. queria ser desse tempo
ResponderExcluira idade media é loka e fascinante
ResponderExcluirEspetacular adoro castelos ainda mais estes criados pelo esforço dos homens daquele período, pois com toda certeza odiariam serem chamados de medievais, de medianos, pois o tempo dos homens é o agora e as obras testemunham a grandeza do período, pois quase ninguém vai a Europa ver coisas modernas somente as medievais como os castelos fruto da grandeza humana e da fé em Cristo e na Ordem.
ResponderExcluirImpressionante! Lindos....sem palavras. Obrigada!
ResponderExcluirMais uma vez obrigada por compartilhar comigo. Adoro!
ResponderExcluirInteressante a forma com que construiam os castelos, grandes fortalezas de pedra, mas com a sutileza do gotico.
ResponderExcluirFascinante, poderia-mos dizer que o útil se fundiu ao belo... charme com vigor, proteção com glamour.
Perfeito, em suas proporções, que o tornam unico e maravilhoso; obra de pessoas de puro espirito.
Eu me identifico muito com a idade média por causa da grandeza das construções e provavelmente o pensamento das pessoas também era assim. A vida desta epoca não tinha a preocupação que nós temos hoje.
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