Chaumont-sur-Loire, no vale do Loire, França. |
No caos produzido pela decomposição do Estado após as invasões bárbaras, a família virou o último reduto dos homens.
A vida social se encerra no lar, pequena sociedade a princípio isolada, mas vizinha de outras iguais a ela, que aos poucos vão se agrupando para formar as primeiras coletividades.
Os homens que se revelam mais capazes tomam naturalmente a direção, capitaneiam a reação ante a natureza e os inimigos, organizam a defesa, a vida comum.
A hierarquia social renasce espontaneamente e a autoridade ressurge, numa comunidade formada por famílias, e que é por sua vez uma família maior, na qual o chefe será um pai comum que velará sobre todos.
O castelo primitivo, chamado de "Motte" na França era feito de toras. Desenho de Viollet-le-Duc. |
Desenhos de Viollet-le-Duc representam a “motte” típica.
Externamente é defendida por uma palissada de mourões pontiagudos e por um fosso com água, sobre o qual se baixa uma ponte levadiça.
Dentro estão as casas dos companheiros e servidores, os estábulos, celeiros e depósitos.
Ao centro uma elevação de terra, sobre a qual se ergue uma construção de madeira, em forma de torre — o “donjon” ou torre de menagem, a residência do chefe, do senhor.
Compõe-se de três andares, dos quais um ocupado pelo celeiro, outro pelas salas de estar e de dormir, e o terceiro, o mais alto, utilizado para posto de observação.
A torre servia para controlar o acesso ao castelo. Ao lado, o fosso defensivo. Castelo de Chenonceaux, Loire, França |
Se o ataque chegar a romper a palissada, ainda haverá o recurso de se refugiarem na torre de menagem — protegida por um segundo fosso com água, e com sua própria ponte levadiça — e de dentro dela continuarem a resistir.
A descrição ficaria incompleta sem uma referência aos “túmulos” (pequenos montes de terra colocados fora do fosso, como primeira linha de defesa) e ao círculo de pedras que delimita o espaço reservado às assembléias, nas quais, sob a direção do chefe, se tomam as deliberações mais importantes.
Neste pequeno mundo autônomo e auto-suficiente, o chefe é a suprema autoridade, é quem organiza o trabalho e a defesa. Ele é chamado “sire”, e sua esposa, “dame”.
O grupo aos poucos toma o seu nome.
A vida é simples e frugal. Cultivam-se as terras ao redor, e uma indústria rudimentar, doméstica, fabrica todo o necessário para a subsistência e também para proporcionar algum conforto.
Não há comércio. Só aos poucos começarão as trocas com os vizinhos. O homem cresce, trabalha, ama, sofre e morre no próprio lugar onde nasceu.
Esta família ampliada é para seus membros a verdadeira pátria. Cada um a ama com amor vivo, porque a vê toda inteira ao seu redor, porque sente diretamente sua força, sua beleza, sua doçura.
Castelo de Pichon Lalande. O castelo também tem uma dimensão familiar. |
Sem ela ele não sobreviveria, pois o mundo exterior é inimigo.
Nascem assim sentimentos profundos de solidariedade entre os membros.
A prosperidade de uns beneficiará os outros, a honra de uns será honra dos demais, a desonra de um recairá sobre todos. Estes sentimentos se fortalecerão à medida que a família crescer e progredir.
(Fonte: “Catolicismo”, nº 57, setembro de 1955)
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adorei esse site e escreva o q eu to falando... um dia um desses castelos vai ser o meu!!! kkkkkkk brinkadera!!
ResponderExcluiradorei esse site e escreva o q eu to falando... um dia um desses castelos vai ser o meu!!! kkkkkkk brinkadera!!
ResponderExcluiramaiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
ResponderExcluirLegal....Incrível!!!! A localização é muito linda. Sem palavras.
ResponderExcluirLindo texto, lindos castelos. Sonho em visitar um destes e me hospedar por uns tempos...
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