Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O castelo de Montalegre, em Portugal, evoca séculos de luta e de reconquista na época medieval.
Testemunhou brilhantes manifestações de coragem e heroísmo.
Que impressão causa este castelo? Coragem altaneira e coerência. A alma do homem coerente é como uma dessas torres — não há fendas nem concessões.
A torre que sobressai, despida de qualquer ornato, reflete uma seriedade extraordinária.
Como era a vida quotidiana dentro dessa fortaleza?
Nela havia residência confortável para o senhor feudal, moradias e áreas de serviços para os servidores e para a população das cercanias, além de capela.
Quando os inimigos se aproximavam, toda a população das proximidades refugiava-se nela com todos os seus bens. Era uma espécie de amparo seguro para toda a população, e não apenas para o senhor feudal.
Internamente, era uma verdadeira aldeia com todos os artesãos trabalhando, cada qual em seu ofício do dia-a-dia.
Havia freqüentemente, na parte de um castelo em que habitava o senhor feudal, uma escada encimada por grande patamar.
Em determinados dias, colocava-se ali um pequeno trono do qual ele exercia o papel de juiz das disputas entre seus súditos.
Nessa espécie de cidadezinha, suas torres eram risonhas e encantadoras por dentro, sérias e terríveis por fora.
Todas as janelas davam para um pátio interior, no qual árvores frutíferas perfumavam todo o ambiente.
Da fonte com seu chafariz ouvia-se o cântico das águas, enquanto das torres partiam brados dos guerreiros em combate.
Nisso temos uma idéia do heroísmo ante perspectivas terríveis, do alto senso do sacrifício de pessoas que não temem a morte.
Elas sabem que outra vida bem-aventurada as espera, sobretudo se morrem lutando pela fé católica.
Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 5 de maio de 1984. Sem revisão do autor.
(Fonte: Catolicismo, setembro de 2010)
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