terça-feira, 25 de outubro de 2016

Castel Valer: um castelo cuja alma
foi uma família entre a Itália e a Áustria

Castel Valer nas Dolomitas.
Castel Valer nas Dolomitas, Itália.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




Os castelos mais famosos e visitados da Europa são os castelos reais.

Na sua maioria, hoje pertencem aos respectivos Estados e podem ser visitados parcial ou integramente como museus.

Esses, entrementes, não são os mais numerosos. Dezenas de milhares de castelos estão espalhados pelas regiões e países que constituíram a Cristandade europeia.

Em muitos casos estão em ruínas, mas também em muitos outros foram zelosa e meritoriamente conservados pelos seus donos através de muitas gerações.

Com frequência não estão abertos à visitação, pois se trata de casas de família. Ou por vezes, a visitação está restringida a certos períodos do ano ou da semana.

terça-feira, 11 de outubro de 2016

Dramas familiares no castelo:
o senhor feudal voltará?

A partida do cavaleiro, detalhe da lareira do castelo de Cardiff, Gales
A partida do cavaleiro,
detalhe da lareira do castelo de Cardiff, Gales
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs




E a família dele participava intensamente das dores da guerra e do combate do chefe familiar.

Quando o cavaleiro ia para a guerra, a família rezava para ele e estava sempre à espera de notícias dele.

Não havia alegria maior do que quando o vigia do alto da torre anunciava que bem ao longe nos caminhos, um grupo de cavaleiros se aproximava fazendo sinal convencional de longe, que era o senhor do castelo que voltava.

Às vezes a dor era muito grande, porque em vez de ser o senhor, eram seus vassalos, seus escudeiros, que vinha trazendo seu corpo; ou eram apenas as relíquias dele pois seu corpo ficara no fundo do mar.

A família passava dias, meses, anos de agonia, a espera de uma notícia. As horas e horas de espera, a castelã as enchia rezando ou fazendo tapeçarias.

E as longas tapeçarias relatando vidas de santos ou episódios da vida quotidiana, mostram as longas esperas da castelã que às vezes, em umas horas de folga, subia à torre com uma tapeçaria na mão, trabalhando e olhando para ver se o seu senhor vinha.

Esses dois anos, cinco anos de fidelidade, na mesma espera e sobretudo, na mesma resignação.