quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Castelo de Lourdes: marco vitorioso contra o Islã

Vista do castelo desde o santuário de Lourdes
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








No pináculo de um rochedo, protegendo, como um guerreiro, a pequena cidade onde Nossa Senhora quis se manifestar, ergue-se altaneiro o castelo-fortaleza de Lourdes, numa posição de domínio sobre o verdejante vale que se estende a seus pés.

Como fundo de quadro, nos confins do horizonte, parecendo desafiar o castelo-fortaleza, sobressaem grandiosas montanhas nevadas - contrafortes dos Pirineus.


Torre de menagem
Em estilo românico, com grossas e altas paredes de pedra, poucas e estreitas janelas, possante torre.

Nesta se localiza o donjon, ou torre de menagem.

O castelo está situado próximo da gruta de Massabielle, onde Nossa Senhora apareceu a Santa Bernadette, como a protegé-la.

Ele é certamente o símbolo mais expressivo da vitória dos católicos contra os mouros, na França.

E, mais incrível ainda, foi uma vitória miraculosa, obtida por Nossa Senhora para Carlos Magno, mais de mil anos antes de que Ela começasse a fazer milagres em série na Gruta.

Vejamos esse milagre.

A primitiva fortaleza, existente no local do castelo, era dominada por um chefe sarraceno chamado Mirat.

Em 778, Carlos Magno, o invencível Imperador cristão, com seus francos a cercou e tentou conquistá-la pela fome.

O imperador Carlos Magno manda tomar a fortaleza moura de Lourdes, vitral na capela do castelo
Carlos Magno sitia
O misterioso prodígio: uma águia traz um peixe aos mouros que passavam fome, vitral na capela do castelo
A águia e a truta
Aconteceu, entretanto, que uma águia, sobrevoando a fortaleza, deixou cair no seu interior uma truta que acabara de pescar no lago vizinho.

Mirat mandou levar o peixe a Carlos Magno com uma mensagem, mostrando que uma praça tão abastecida de víveres poderia resistir ainda por muito tempo.

Carlos Magno enviou, então, ao comandante mouro um de seus embaixadores, o santo bispo de Puy.

Conversão e rendição miraculosa do emir de Lourdes, vitral na capela do castelo
Conversão e rendição honrosa
O corajoso prelado enfrentou ou infiel.

E lhe propôs que se ele, Mirat, julgava rebaixar-se capitulando nas mãos do mais ilustre dos homens - isto é, Carlos Magno, o chefe dos francos ­- o infiel poderia, sem nenhuma vergonha, render-se à Virgem, Nossa Senhora de Puy-en-Velay, famosa imagem venerada no centro da França.

Mirat, tocado pela graça de Nossa Senhora aceitou a proposta. Ele rendeu-se e pediu o batismo.

Foi batizado com o nome de Lorus. De ali provêm o onde o nome de Lourdes. Lorus - o ex-Mirat - conduziu seus guerreiros em peregrinação ao rochedo de Puy-en-Velay, para venerar a imagem da Santíssima Virgem.

Ainda hoje, as armas da cidade de Lourdes trazem três torres sobre as quais plana uma águia, tendo no bico uma truta.

E uma escarpa do rochedo conservou o nome de "Rochedo da Águia".






Fonte: CATOLICISMO, setembro 1994.



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