Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Em 1280, os cruzados da Ordem Teutônica começaram a construir o maior castelo do mundo numa colina sobre o rio Nogat.
A região que fica no norte da Polônia atual.
Trata-se do castelo de Malbork.
Seu nome original em alemão é muito bonito: Marienburg, quer dizer a Cidade de Nossa Senhora.
Ele se tornou o centro de um Estado poderoso bastante singular.
Porque era um Estado monástico-cruzado que expandiu o Evangelho naquelas terras vencendo a agressividade bélica dos pagãos.
Além de converter os perigosos pagãos, os cruzados teutônicos tiraram vastas florestas medievais do caos e as transformaram em terras agricultáveis capazes de acolher e alimentar uma crescente população e desenvolver uma civilização original.
As tribos prussianas do sudeste do mar Báltico eram uma ameaça para o cristianismo e um empecilho para o desenvolvimento da civilização.
A Ordem Teutônica fez uma série de cruzadas para garantir a liberdade dos fiéis.
O Estado Monástico dos Cavaleiros Teutônicos foi formado em 1224 em território que hoje pertence à Alemanha e à Polônia.
Como resultado, por volta do século XIV, o Estado teutônico contava com uma população de mais de 220.000 almas.
Nesse número estavam incluídos os novos colonos que se instalaram nas cidades fortificadas e castelos dos cavaleiros.
Alex Brown e Aleks Pluskowski da Universidade de Reading, no Reino Unido, relataram no Journal of Archeological Science a formidável obra civilizatória empreendida por esses cavaleiros desde a capital de seu Estado: Malbork.
Brown e Pluskowski analisaram os grãos de pólen presos nas camadas de lama da região.
Estudando as mudanças no pólen, puderam formar uma idéia de como foi o clima no passado.
O pólen foi retirado do muro exterior do castelo de Malbork e de depósitos de turfa no sul do castelo.
A análise mostra que a partir de meados do século XI o pólen das árvores diminui acentuadamente sendo substituído pelo pólen de plantas herbáceas e cereais.
“Desde os séculos XII e XIII até XV houve uma mudança fundamental na vegetação e no uso da terra de Malbork”, escrevem eles.
“De uma floresta com mínima influência humana se passou a uma paisagem aberta com cultivo intensivo de cereais, especialmente o centeio, pastagens e campos agrícolas”.
Ainda outra pesquisa apontou que os Cavaleiros Teutônicos tiveram o cuidado de preservar as florestas das redondezas preservando os animais de caça e “gerindo-as como um recurso importante”.
Fonte: Brown, A., Pluskowski, A. (2011). “Detecting the environmental impact of the Baltic Crusades on a late-medieval (13th–15th century) frontier landscape: Palynological analysis from Malbork Castle and hinterland, Northern Poland”. Journal of Archaeological Science
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Cada vez mais fico maravilhada com estes castelos e suas histórias, só tenho que agradeçer a oportunidade de aprender mais um pouco sobre o passado o qual sou apaixonada, a era medieval,seus castelos e modo de vida daquela época. Obrigada!
ResponderExcluirMarienburg é o nome. Afinal a Ordem Teutónica ou Deutscher Orden em abreviadamente. O nome oficial é no entanto emLatim: Ordo domus Sanctæ Mariæ Theutonicorum Hierosolymitanorum; alemão: Orden der Brüder vom Deutschen Haus St. Mariens in Jerusalem.
ResponderExcluirA zona só ficou na Polónia após 1945, quando apareceu o nome que V/ usam.
Irene Lopes
Eu devia ter sido uma rainha no século passado , me identifico muito com castelos.
ResponderExcluirObrigada.
ata até eu queria mais nem tudo que a gente quer se realiza infelizmente!!!! :^~
ExcluirLindo castelo. A história então! Muito interessante.
ResponderExcluirAdorei...Obrigada!
Lindo, majestoso! Construído com o objetivo de expandir a Santa Religião Católica e de civilizar povos e regiões e com o cuidado de manter o ecossistema local.
ResponderExcluirUm pouco maior que minha chácara em Cabo Frio.
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