terça-feira, 27 de setembro de 2016

A capela do castelo e a vigília de armas do cavaleiro

A vigília do cavaleiro, fim da Idade Média
A vigília do cavaleiro, fim da Idade Média.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Muito característico do estado de espírito cheio de coragem por amor a Cristo e à Fé, é a vigília de armas do cavaleiro.

Pode-se imaginar a cena: numa igreja ou capela do castelo, durante a noite: silêncio absoluto; diante do altar estão as armas que o cavaleiro irá revestir no dia seguinte quando for armado.

Ele passa a noite inteira rezando sozinho naquela igreja ou capela do castelo onde seus antepassados também vigiaram, onde toda a sua família durante gerações rezou.

Ele sabe que a partir do momento em que ele for armado cavaleiro, ele não se pertence mais a si mesmo.

Ele é obrigado por juramento a dispor a sua vida sempre que a Igreja for perseguida; que os órfãos, as viúvas e os fracos forem opressos.



Capela do castelo de Krasiczyn, Polônia
Capela do castelo de Krasiczyn, Polônia
Ele é obrigado a entrar na liça e tomar a defesa dessa gente.

O que faz a Igreja?

Oculta ao homem o risco que ele vai correr?

Pelo contrário, ela fá-lo meditar durante uma noite inteira a respeito desse risco.

As armas diante do altar mostram a rudeza do combate que ele vai enfrentar.

O elmo significa que a cabeça dele pode se rachada.

A peça para a garganta significa que o pescoço pode ser cortado.

A couraça significa que o peito pode ser transpassado.

Tudo significa a iminência do perigo que vai correr.

Mas as razões para correr este perigo estão também diante dele no sacrário da capela do castelo ou da igreja.

E as razões são de caráter religioso: Nosso Senhor Jesus Cristo quer que ele se consagre a isto.

Capela do castelo de Warwick, Inglaterra  Então, por amor a Nossa Senhora, de quem todo o cavaleiro é um servidor e um arauto, ele vai levar uma vida duríssima.   Muito bonito era o costume dos cavaleiros da ordem do Templo.   Eles dormiam sempre preparados para se levantar em caso de convocação.   Dormir em camas ligeiras e com a parte do traje possível já pronta para eles pularem, vestirem a armadura e saírem.   E sempre com uma luz acesa dentro do quarto, dando ideia da vigilância constante do cavaleiro.   Porque o homem tinha aceito como uma cruz para a vida inteira essa dor, o
Capela do castelo de Warwick, Inglaterra
Então, por amor a Nossa Senhora, de quem todo o cavaleiro é um servidor e um arauto, ele vai levar uma vida duríssima.

Muito bonito era o costume dos cavaleiros da ordem do Templo.

Eles dormiam sempre preparados para se levantar em caso de convocação.

Dormir em camas ligeiras e com a parte do traje possível já pronta para eles pularem, vestirem a armadura e saírem.

E sempre com uma luz acesa dentro do quarto, dando ideia da vigilância constante do cavaleiro.

Porque o homem tinha aceito como uma cruz para a vida inteira essa dor, o risco, esse esforço de guerra.




(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de palestra em 1954. Sem revisão do autor)



GLÓRIA CRUZADAS CATEDRAIS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS
Voltar a 'Glória da Idade MédiaAS CRUZADASCATEDRAIS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário! Escreva sempre. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.