Wissekerke, Belgica |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Um outro fator de decadência dos castelos foi a perda de convicções na família nobre com respeito a sua missão histórica, ligada visceralmente à religião católica, a monarquia e a oposição aos fatores de desagregação moral e igualitários do mundo moderno.
Escreveu a propósito o jornalista Jean d’Ormesson, nascido e criado num castelo ele próprio:
A segurança que me envolvia inteiramente estava longe de ser a segurança social, resultante de um acordo entre homens. Eu estava literalmente entre as mãos de Deus.
Ele não estava morto e velava sobre mim e portanto nada podia acontecer-me, a não ser peripécias sem sérias conseqüências. Poderia morrer, naturalmente. E então?
O mérito e o talento não entravam em nosso sistema familiar, mas a morte entrava ‒ e muito bem ‒ pois os mortos exerciam na família um papel mais importante do que os vivos. Alem do mais, éramos cristãos.