Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
continuação do post anterior: Tomar: reduto dos templários em desgraça (I)
Quando a injustiça se abateu sobre os templários, eles estavam também em Portugal desde os tempos de D. Afonso Henriques, e ali nenhuma suspeita pôde ser contra eles levantada.
Nem por isso estavam isentos de sofrer a mesma punição que tinha caído sobre eles na Europa.
Foi hábil a decisão do Rei D. Dinis de Portugal, de executar a ordem pontifícia de fechar a Ordem, mas não para apossar-se de seu patrimônio, e sim para doá-lo à Ordem Militar da Cavalaria de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou simplesmente Ordem de Cristo, que criou em 1318.
O Papa João XXII nomeou D. Gil Martins seu primeiro grão-mestre, que antes o fora dos cavaleiros de Aviz.
Quis El-Rei que a nova Ordem tivesse seu quartel-general em Castro Marim, para defender o Algarve das incursões dos mouros dos reinos do Marrocos e de Granada.
Em 1356, transferiu-se para Tomar, no Ribatejo. Ali existiam, desde 1160, o castelo e o convento dos templários, doados à Ordem de Cristo.