Castelo de Clerans, França |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Idade Média gerou grandes castelos de fábula, por exemplo o de Chenonceaux ou o de São Luís.
Mas também produziu centenas e centenas de castelos de graus menores de beleza e magnificência.
E eles são muito bonitos e admiráveis também como o de Clerans na foto ao lado.
E, não só de castelos, mas casas senhoriais, burguesas e populares nas quais se espelhava qualquer coisa do brilho do grande castelo.
O universo dos castelos medievais não se compreende verdadeiramente, sem considerar esta dimensão social.
No período medieval o teor geral da vida possibilitou ao homem realizar na Terra não propriamente um mundo de gostosuras, mas sim um mundo de maravilhas e de realizações arquitetônicas, ultra-sapienciais e ultra-capazes de nos falar do Céu.
E por causa disso mesmo ultra-agradáveis para o homem peregrino nesta terra.
A beleza de Chenonceaux e dos castelos medievais não se exprime bem dizendo “que gostoso é morar aqui!”
Porque há um critério profundo que explica esses castelos mesmo os menos conhecidos como o fotografado ao lado, perto de Rocamadour, na região de Midi-Pyrenées.
Castelo em Rocamadour, Midi-Pyrénées, França |
Não apenas ao senhor do castelo, mas até o jardineiro do castelo, como podemos ver na simpática casinha do encarregado do jardim (foto embaixo).
Nela, aliás, mora o atual proprietário de Chenonceaux, sendo o castelo continuamente visitado por turistas, viajantes e admiradores.
Os castelos cumpriam, e num grau enorme, a tão decantada "função social da propriedade privada".
Mas, não ficava nisso.
O castelo medieval irradiava em torno de si uma vida de feeria que elevava a vida do conjunto social a patamares que, no nosso massificado mundo hodierno, custa-nos imaginar.
Se esse movimento ascensional de conjunto não tivesse sido interrompido, até onde a civilização católica teria chegado?
Casinha do jardineiro de Chenonceaux, usada como moradia pelo atual proprietário do castelo. |
Essa imagem teria ajudado imensamente à prática das virtudes.
E, portanto, até contribuiria possantemente para a salvação das almas.
A cultura da morte, por exemplo, nem teria podido aparecer.
E se a Europa tivesse chegado a um patamar insonhado, até onde poderia ter chegado nosso Brasil sob a benéfica influencia da Civilização Cristã européia, da qual ele provém?
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