terça-feira, 29 de setembro de 2015

Força, rudeza, ascensão para o sublime:
o charme dos castelos




A rudeza original dos castelos está ligada aos primórdios caóticos da Idade Média.

A imensa organização do Império romano tinha se desfeito em cacos.

Havia ruído por causa de enxurradas de povos pagãos invasores que entravam desordenadamente pelas fronteiras cada vez mais desguarnecidas do império dos Césares decadentes.

O castelo era o refúgio dos habitantes da região quando as hordas bárbaras vinham devastar, pilhar ou consumir tudo o que havia.

A defesa dos grupos humanos era organizada pelo senhor feudal, líder natural na tentativa de salvação pública.

Muitas vezes esses nobres conseguiam submeter os estrangeiros e assimilá-los à parca ordem que se estava constituindo.

Mas, sobre tudo, a obra pacificadora da Igreja e a pregação constante dos missionários foi convertendo e civilizando os recém chegados.

E quando esses não queriam ouvir o Evangelho, os nobres os punham para fora recorrendo às armas se necessário.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Por que o sonho se tornou realidade nos castelos?

Castelo dos condes de Foix, nos Pirineus franceses
Castelo dos condes de Foix, nos Pirineus franceses




O castelo medieval típico dá antes de tudo a impressão de grandeza e até de majestade.

Mas, ao mesmo tempo tem tanta graça e leveza que a gente pensa estar diante de um castelo de conto de fadas!

Na vida real não eram prédios de fantasia. De início, foram fortalezas militares para a defesa da região e de seus habitantes.

Posteriormente com a cristianização dos costumes e a diminuição das guerras os nobres proprietários passaram a enfeitá-los fazendo reluzir todo o seu bom gosto e sua liderança natural.

E muitos desses castelos atingiram  uma forma de beleza tão oposta a nossa época que a gente fica levado a se perguntar se de fato existiram.

Se pode achar que esses castelos foram fruto da imaginação e que, como os prédios de Disneylândia, nunca tiveram conexão com a realidade.

E a gente quer saber se não se trata de um sonho transposto numa foto ou num vídeo, de tal maneira eles são admiráveis!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Saumur: o banquete que passou para a História




Num famoso livro de “Orações do Duque de Berry” é representado o castelo francês de Saumur, sobre o rio Loire.

Infelizmente ele foi arrasado nas guerras de religião movidas pelos protestantes calvinistas.

Acabou em ruínas esquecido no período que medeia o fim da Idade Média e passando pela Revolução Francesa chega até nossos dias.

Em décadas recentes, Saumur foi objeto de uma restauração, mas que até agora não conseguiu atingir o nível que teve durante a Idade Média.

É um dos mais belos da Idade Média e um daqueles em que a alma da Idade Média melhor se exprime e melhor se representa.

Saumur foi símbolo de uma época, e de um estilo de viver que associava em feliz consórcio nobres e camponeses, ricos e pobres, todos eles profundamente católicos.

Nele aconteceu um famoso festim oferecido por um rei santo: São Luís IX.

O banquete de Saumur


Em 1237, quando São Luís era um rei muito novo investiu seu irmão Afonso como conde de Poitiers, um riquíssimo, brilhante e populoso feudo.