Castelo de Bonnétable, Loire, França |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Europa medieval foi um mito que se realizou.
A Religião Católica transformou um continente povoado de bárbaros e romanos decadentes num seminário do Céu.
Os valores que os castelos encarnam são, no fundo, valores religiosos. Porque eles são símbolos.
O lado simbólico é muito mais importante que o lado prático e que o lado estético. É por isso que nos agradam tanto.
Símbolos do quê?
O Paraíso Celeste é um lugar material.
Nele viveram Adão e Eva antes do pecado original e nele viverão os bem-aventurados durante a eternidade.
Castelo de Wernigerode, Alemanha |
É um lugar onde Deus instalou coisas magníficas, castas e santas, para o homem viver imerso nelas.
É um mundo feito de matéria, mas de uma matéria que fala de Deus.
E os bem-aventurados ressurretos depois do fim do mundo, passearão seus corpos ressuscitados pelo Paraíso, enquanto suas almas estarão envolvidas nos gáudios magníficos da Visão Beatífica.
I. é, da visão de Deus face a face.
Para preparar os homens para isso é necessário alimentar o espírito deles.
E isso se faz não só considerando diretamente as coisas da Religião.
Castelo de Nozet, Borgonha, França |
Portanto, do mundo da matéria, porque até no Céu empíreo e no Paraíso a matéria vai existir.
Como fazer isso sem chafurdar no materialismo grosseiro que anda por ai?
Os castelos ‒ poderíamos falar da arquitetura de igrejas, da arte católica em geral ‒ nos dão um exemplo.
Um exemplo de como elevar nossa alma a Deus através de construções feitas de matéria, mas modeladas pelo espírito.
E pelo espírito católico, o qual animado pela graça divina, é um preanuncio da vida eterna.
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