Almansa: um castelo de sonhos e heroísmo cristão |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Como que se faz análise de uma fotografia?
Olhando e tendo a primeira impressão; depois, procurando ver qual a sensação que ela causa e, em seguida, analisando o fundamento dessa sensação.
Na foto desse castelo da Espanha, o Almansa, é preciso fazer uma distinção entre dois campos visuais admiravelmente harmônicos, mas perfeitamente distintos.
Um é o castelo propriamente dito — com a montanha que lhe serve de base — e o outro é o conjunto de nuvens extraordinárias que servem de moldura para a fortaleza.
O castelo e as nuvens fazem centralizar toda a vista na torre. Esta incute a impressão de altaneria, dignidade e majestade extraordinárias.
Tem-se a ideia de que essa torre enfrenta, do alto desse monte, um inimigo que surge ao longe.
A torre incute a impressão de altaneria, dignidade e majestade |
Não é fanfarronada. Porque se percebem outras muralhas da fortaleza, que mostram o quanto ela é profunda, que possui tropas e outros elementos para resistir.
Esse fidalgo atrevimento da torre tem a sua razão de ser: revela que o castelo é poderoso e não teme nada.
No alto, as nuvens se acumulam densas e majestosas. Dir-se-ia que elas simbolizam o tremendo da batalha que pode dar-se.
Seriam como que uma voz da História dizendo ao senhor feudal do castelo: “As ameaças da vida pairam sobre ti, chegou a tua hora de lutar. Sê herói ou serás esmagado!”
Nesta cena, o artista soube fotografar o castelo numa hora em que a luz deu-lhe a aparência de âmbar ou de porcelana. É um castelo de sonhos, um castelo irreal.
Qual a missão desse castelo? Lembrar à alma comodista do homem contemporâneo alguma coisa que o deve envergonhar. É que ele perdeu o senso do sacrifício, perdeu o gosto da luta e não sabe mais o que é ser herói.
Para as populações acovardadas de hoje em dia o castelo é uma lição de moral, que fica proclamando a grandeza de alma dos espanhóis da Reconquista, que por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, a Nossa Senhora e à Santa Igreja Católica, foram povoando a Espanha de castelos à medida que iam reconquistando o país; para que os muçulmanos não pensassem jamais em voltar. Se voltassem, encontrariam essa rede de castelos para fazer-lhes oposição.
É o heroísmo cristão! Heroísmo que nasceu no mundo quando Nosso Senhor Jesus Cristo expirou na Cruz, redimindo o gênero humano e a Santa Igreja católica pôde começar a difundir-se entre os povos.
Almansa fala do senso do sacrifício, da luta e do heroismo. |
Cravado no Cerro del Aguila, suas origens remontam ao século XIII, mas a aparência atual é do século XV, quando passou a ser propriedade de Dom Juan Pacheco, Marquês de Villena.
Em 1921 a fortaleza foi declarada Monumento Histórico-Artístico Nacional.
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