O castelo de Stirling: uma posição quase inacessível, símbolo da altaneria escocesa |
O castelo-fortaleza de Stirling é um dos maiores da Escócia. É também o mais importante do ponto de vista histórico e arquitetônico.
Ele foi construído sobre o Morro do Castelo e está no alto de precipícios por três lados.
As partes atuais do castelo são, na sua maioria, dos séculos XV e XVI. Só ficaram algumas estruturas da era medieval.
Vários reis e rainhas da Escócia foram coroados em Stirling. Entre eles a rainha Maria Stuart, em 1543.
Stirling é talvez uma das fortalezas em torno das quais aconteceram mais batalhas, pois ela é todo um símbolo da Escócia.
O castelo suportou pelo menos oito grandes sítios, inclusive durante as Guerras da Independência da Escócia. O último aconteceu em 1746, quando o príncipe católico Carlos Eduardo Stuart, conhecido como “Bonnie Prince Charlie”, tentou recuperar o castelo de seus antecessores.
Austeridade, brilho, heroísmo e realeza: Stirling é símbolo da Escócia |
A tradição conta que Santa Monenna teria fundado uma ermida no local. Porém, os primeiros registros documentais sobre a ocupação do Morro de Stirling são do ano 1110, quando o rei Alexandre I erigiu uma capela.
Seu sucessor, o rei David I estabeleceu o castelo, um burgo e um centro administrativo do reino.
Durante as guerras com os vizinhos ingleses, Stirling continuou sendo a residência favorita dos reis escoceses.
Em 1296, o rei Eduardo da Inglaterra invadiu a Escócia, iniciando as chamadas Guerras da Independência. Estas duraram cinco séculos, incluindo períodos de calmaria.
O castelo mudou muitas vezes de mãos, foi destruído e reconstruído sucessivamente.
Quando, por fim, a Inglaterra anglicana conseguiu se impor e a coroa escocesa ficou com os reis da Inglaterra em 1603, Stirling conheceu uma grande decadência, sendo usado como quartel e prisão.
Stirling: a restauração esta lhe devolvendo o esplendor de que nunca deveria ter sido despojado |
Foram então empreendidos grandes trabalhos, ainda em andamento, para restaurar o velho castelo real.
Os quase inacessíveis muros medievais foram muito reformados nos séculos seguintes, para acolher a artilharia incipiente, sobretudo nos grandes sítios.
A fortaleza tinha uma casa de entrada por onde era preciso passar para entrar no castelo. Isso era frequente na arquitetura militar medieval.
Essa casa de entrada podia ser cortada do resto do castelo caso o inimigo conseguisse tomá-la. A atual foi erigida pelo rei Jaime IV, por volta de 1506.
As grandes torres redondas de tetos cônicos forram rodeadas por muitas outras torres redondas das quais só restaram vestígios.
A construção é típica da era da cavalaria. A torre oeste, conhecida como Torre do Príncipe – provavelmente Henrique, príncipe de Escócia – é a única que sobrevive em seu tamanho original.
A casa de entrada comunica com o pátio do castelo, onde estavam as instalações funcionais, como as grandes cozinhas.
Os quartos e as salas principais ficam no primeiro andar.
A monarquia medieval era muito familiar e o palácio do rei tinha ambiente de lar |
O Palácio Real constitui um prédio aparte dentro do castelo e mistura exuberantes elementos do gótico tardio e da Renascença encomendado pelo rei Jaime V.
O plano arquitetônico é de inspiração francesa, mas a decoração é alemã.
Na capela real foi coroada em 1543 Maria Stuart, rainha católica da Escócia. A capela foi reformada logo depois.
Como em muitos castelos escoceses, corre no Stirling a referência a diversos fantasmas que o habitariam.
A chamada dama verde de Stirling seria o fantasma de um dos servidores da rainha Maria Stuart.
Mas a própria rainha está associada ao fantasma de uma dama cor de rosa.
Uma coisa é certa: a imagem da última rainha católica de charme incomparável ainda passeia nas lembranças dos escoceses, como que pedindo um retorno deles àquilo que foi o Reino de Escócia de outrora.
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Local de resistência de William Wallace contra os ingleses...
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