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| Nau de pedra do tempo que o brasão português era respeitado e temido em todos os oceanos |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Torre de Belém é um dos monumentos mais expressivos da alma portuguesa.
Localiza-se na margem direita do rio Tejo, onde existiu outrora a praia de Belém.
Inicialmente cercada pelas águas em todo o seu perímetro, progressivamente foi envolvida pela praia, até se incorporar hoje à terra firme.
O monumento é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo.
Tais características remetem à arquitetura típica de uma época em que Portugal era uma potência global.
Ela foi eleita como uma das Sete maravilhas de Portugal em 7 de julho de 2007.
Originalmente sob a invocação de São Vicente de Zaragoza, padroeiro da cidade de Lisboa, recebeu no século XVI o nome de Baluarte de São Vicente a par de Belém e por Baluarte do Restelo.
A Torre integrava o plano defensivo da barra do rio Tejo projetado à época de João II de Portugal (1481-95), integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica.
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| Fortaleza para controlar o Tejo |
“E assim mandou fazer então a (...) torre e baluarte de Caparica, defronte de Belém, em que estava muita e grande artilharia; e tinha ordenado de fazer uma forte fortaleza onde ora está a formosa torre de Belém, que el-Rei D. Manuel, que santa glória haja, mandou fazer; para que a fortaleza de uma parte e a torre da outra tolhessem a entrada do rio.
“A qual fortaleza eu por seu mandado debuxei, e com ele ordenei a sua vontade; e tinha já dada a capitania dela [a] Álvaro da Cunha, seu estribeiro-mor, e pessoa de que muito confiava; e porque el-Rei João faleceu, não houve tempo para se fazer” (RESENDE, Garcia de. Crónica de D. João II, 1545.).
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| Teto da capela |
Localizava-se sobre um afloramento rochoso nas águas do rio, e destinava-se a substituir a antiga nau artilhada, ancorada naquele trecho, de onde partiam as frotas para as Índias.
As suas obras ficaram a cargo de Diogo Boitaca, que, à época, também dirigia as obras do vizinho Mosteiro dos Jerónimos.
Concluída em 1520, foi seu primeiro alcaide Gaspar de Paiva, nomeado para a função no ano seguinte.
Com a evolução dos meios de ataque e defesa, a estrutura foi perdendo a sua função defensiva original.
Ao longo dos séculos foi utilizada como registo aduaneiro, posto de sinalização telegráfico e farol.
Os seus paióis foram utilizados como masmorras para presos políticos durante o reinado de Filipe II de Espanha (1580-1598), e, mais tarde, por João IV de Portugal (1640-1656).
O Arcebispo de Braga e Primaz das Espanhas, D. Sebastião de Matos de Noronha (1586-1641), por coligação à Espanha e fazendo frente a D. João IV, foi preso e mandado recluso para a Torre de Belém.
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| Canhoneiras para tiro rasante de artilharia |
A decoração exterior, adornada com cordas e nós esculpidas em pedra, galerias abertas, torres de vigia no estilo mourisco e ameias em forma de escudos decoradas com esferas armilares, a cruz da Ordem de Cristo e elementos naturalistas, como um rinoceronte, alusivos às navegações.
O interior gótico, por baixo do terraço, que serviu como armaria e prisão, é muito austero.
A sua estrutura compõe-se de dois elementos principais: a torre e o baluarte.
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| Nossa Senhora do Bom Sucesso |
A torre quadrangular, de tradição medieval, eleva-se em cinco pavimentos acima do baluarte, a saber:
Primeiro pavimento - Sala do Governador.
Segundo pavimento - Sala dos Reis, com teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas.
Terceiro pavimento - Sala de Audiências
Quarto pavimento - Capela
Quinto pavimento - Terraço da torre
A nave do baluarte poligonal, ventilada por um pequeno pátio fechado, abre 16 canhoneiras para tiro rasante de artilharia.
O terrapleno, guarnecido por ameias, constitui uma segunda linha de fogo, nele se localizando o santuário de Nossa Senhora do Bom Sucesso com o Menino, também conhecida como a Virgem do Restelo por “Virgem das Uvas”.
GLÓRIA CRUZADAS CATEDRAIS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS







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Ola pessoal! Com certeza, uma maravilha!Obigada, por propiciar-nos ver tamanha beleza, obra de um grande arquiteto.Parabéns povo português.Bjs.Beli Martins.Brasil.Goiânia.
ResponderExcluirMagnífica a Torre de Belém e Seu Interior!
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