terça-feira, 29 de agosto de 2017

Roquetaillade: 700 anos na posse de uma mesma família

Entre guerras e reformas o castelo ficou sempre com uma mesma continuidade familiar
Entre guerras e reformas o castelo ficou sempre com uma mesma continuidade familiar
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O castelo de Roquetaillade fica em Mazères, na região da Gironda França. É constituído por duas fortificações, uma do século XI e outra do século XIV, uma perto da outra num mesmo recinto.

O palácio foi salvo no século XIX pela restauração de Viollet-le-Duc, que empreendeu igualmente importantes trabalhos de decoração e criação de mobiliário.

Roquetaillade encontra-se há 700 anos na posse de uma mesma família e foi aberto ao público em 1956.

O lugar foi habitado desde a pré-história. Grutas naturais e um pico rochoso eram favoráveis a uma instalação humana. Os numerosos “S” talhados, encontrados no lugar, testemunham essa presença.

No entanto, a menção a uma fortificação em Roquetaillade só surge pela primeira vez em 778.

Nessa data, Carlos Magno, a caminho dos Pirenéus com o seu sobrinho Rolando (o qual inspiraria a célebre La chanson de Roland, poema épico do século XI), reagrupou o seu exército em Roquetaillade.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Admirar Saumur é entrar na alma de São Luís

Agulha de Saumur (épis de faîtage em francês)
foi criada com base na iluminura
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





continuação do post anterior: Da terra ao Céu: do Saumur da pedra ao Saumur do sonho



O castelo de Saumur não é um sonho de toxicômanos. O castelo tem uma harmonia e um equilíbrio que, ao mesmo tempo em que parece flutuar no ar, não dá a impressão de que vai cair.

Por causa disso ele se divide em duas partes bem nítidas: a parte superior ligeira, leve, graciosa; e a parte inferior, fortíssima.

O castelo tem como que garras postas no chão; são subterrâneos, masmorras, cofres, arquivos, salas de armas na parte fortíssima. Esta segura o castelo e o equilibra no que ele poderia ter de demais aéreo.

Se o castelo fosse todo como a parte de baixo, seria um pesadelo.

Se fosse tudo como é em cima, seria uma brincadeira.

Mas ele não é nem um pesadelo, nem uma brincadeira. É uma obra-prima de equilíbrio de espírito, em que cada coisa tem seu papel.

O que toca na terra é sólido, sério, vigoroso, guerreiro. São muralhas de uma fortaleza. De quando em quando há uma seteira. Não há janela.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Da terra ao Céu:
do Saumur da pedra ao Saumur do sonho

Um belo castelo inspirou um sonho.
Hoje os restauradores querem consertar Saumur segundo o sonho
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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O castelo Saumur como está representado nas “Très Riches Heures du duc de Berry” nunca existiu como é representado na maravilhosa iluminura.

O castelo histórico, embora muito belo, foi abandonado nos tempos modernos, período que medeia entre a Idade Média e a Revolução Francesa.

Pode-se entrementes indagar se a iluminura das “Très Riches Heures du duc de Berry” é “autêntica”, ou seja, se ela reproduz o que foi o castelo.

E aqui o julgamento deve ser cuidadoso. Houve o castelo de pedra historicamente existente e houve também na alma dos homens um sonho construído a partir desse mesmo castelo.

Saumur foi um dos mais belos castelos da Idade Média e um daqueles em que melhor se exprimiu o sonho para o qual tendia a Idade Média.