quarta-feira, 29 de novembro de 2023

MARÇAY: força, simplicidade e encanto

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






À beira da estrada, um “castelinho” cheio de beleza e dignidade transmite um sorriso encantador.

Seu nome é Marçay, o mesmo da localidade, no vale do Loire, na França.

De onde vem seu encanto?

É porque ele é ao mesmo tempo forte e tem algo de brinquedinho.

O teto é em “V”, com ângulo muito fechado e a pedra é forte.

Ele é de uma época em que já não eram construídos os castelos militares medievais mas conservavam-se os que existiam.

À parte medieval se acrescentavam modificações mais recentes.

O teto ainda é muito pontudo “en poivrière” ‒ poivre é pimenta, a poivrière se usava antigamente na mesa para conter a pimenta e tinha essa forma.

As torres redondas eram feitas para suportar arremetidos de toda ordem.

Posteriormente, com o desaparecimento gradual das guerras feudais, foram abertos nelas alguns orifícios.

A parte superior da torre tem um diâmetro maior e uma porção de arcozinhos ajudam a suportar essa parte. Qual é a razão disso?

É que a defesa militar da torre está na naquela parte do alto. Ali ficavam os soldados que defendiam a torre.

Eles se defendiam atirando setas sobre os que sitiavam o castelo através de seteiras estreitas, janelas pequenas através das quais eles jogavam coisas sobre os assaltantes.

De outro lado, nesses arcozinhos o chão era furado, e através dos rasgos postos no chão, eles também jogavam coisas contra os soldados que procuravam aproximar-se da torre.

Essas torres devem em ter tido em volta um fosso com água. Então, se compreende a dificuldade de conseguir vencer essa torre.

Há uma torre quadrada, mais ou menos com a mesma estrutura das redondas.

Depois há uma torrezinha que dá acesso a uma pequena porta que antigamente devia ter um pontezinha levadiça. As torres defendiam essa entrada.

Deve ter havido no castelo partes antigas que se incendiaram, ou foram demolidas, ou arrasadas e foi construída uma edificação mais recente em que a preocupação da guerra transparece pouco ou nada.

A parte nova tem chaminés e janelas já bem altas e largas, e algumas quase ao alcance do chão.

Aparece uma preocupação exclusivamente ornamental.

Não há ameias nem passeio de ronda, nada disso, ela é feita para acomodações agradáveis, confortáveis.

O castelo, porque é muito mais alto do que achatarrado, tem qualquer coisa de leve e até de brinquedinho.

O telhado é todo revestido de ardósias, que é um material muito bonito e tem a vantagem de ser incombustível.

Em caso de guerra se jogam setas incendiadas, batem na ardósia e cai no chão. Ardósia é pedra, não pega fogo.

A preocupação de ser delicado, tão característica da arquitetura post medieval ali começa a aparecer, a sorrir.

O castelo tem em torno de si um bosque bonito e uma pradaria grande.

A desproporção entre a altura e a parte do castelo que pousa no chão é que dá a leveza e a graça do castelo.

O parque é muito agradável e bonito.

Há cadeiras de parque brancas colocadas em vários lugares.

O dia era lindo, a vegetação quase não se movia, não ventava, havia uma espécie de louçania, de doçura que estava esparsa pela ar, mas que parecia brotar até da terra.

A vontade que eu tive era de propor aos meus companheiros de viagem de ficarmos umas duas ou três horas conversando assuntos diversos, numa agradável prosa sem eira e nem beira, e estritamente impedido de introduzir qualquer assunto administrativo.

Mas nós tínhamos um calendário marcado e não era possível.

Foi, portanto, com certo pesar que eu me despedi do castelo de Marçay.


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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

COCHEM: castelo das “mil e uma torres”

O castelo de Cochem domina o rio Mosela com fascinante atrativo
O castelo de Cochem domina o rio Mosela com fascinante atrativo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O castelo de Cochem coroa uma elevação que domina o rio Mosela com fascinante atrativo.

Essa colossal joia arquitetônica faz parte do segundo menor distrito rural do Lander Renânia-Palatinado, grande região da Alemanha.

Com pouco menos de 5.000 habitantes, Cochem só é menos populosa que o distrito rural de Kusel.

Como é possível que de algo tão pequeno na ordem material tenha surgido algo tão grande na ordem do espírito, da arte e da arquitetura?

O castelo de Cochem sintetiza o que a Idade Média fez de melhor e aquilo que o século XIX – século em que o castelo foi restaurado a fundo – sonhou a respeito da ordem medieval.

O século XIX restaurou joias arquitetônicas da Idade Média. Cochem
A Idade Média sonhou com Deus e com a ordem maravilhosa que Ele pôs o universo.

E assim acabou nascendo a Cristandade.

O século XIX sonhou com a Idade Média e a ordem da Cristandade e restaurou joias arquitetônicas com uma riqueza de recursos e técnicas que não havia na era medieval.

É uma espécie de regra de três: o século XIX está para a Idade Média como a Idade Média está para Deus.

Porém, os medievais não sonhavam com Deus do mesmo modo que o século XIX sonhou a ordem medieval.

No ponto de partida e ao longo de toda a realização das obras, para o medieval está a fé.

E a certeza de que esta terra é um vale de lágrimas onde o homem se prepara pelas boas obras para ver a Deus durante a eternidade.

Por essa razão o medieval acabava pondo em tudo que fazia, inclusive nas realizações mais pragmáticas, uma certa semelhança do Céu a que ele aspirava.

E essa nota por assim dizer “paradisíaca” impregnou tudo o que os medievais fizeram.

O castelo de Cochem foi construído perto do ano 1000 pelo conde palatino Ezzo, filho do conde palatino Hermann Pusilius.

Cochem aparece pela primeira vez num documento escrito em 1051, quando Richeza, irmã mais velha de Ezzo e ex-rainha da Polônia, legou o castelo ao conde palatino Enrique I.

Salão do castelo de Cochem
Salão do castelo de Cochem
Em 1151, o rei da Alemanha Conrado III tomou conta da fortaleza, a qual passou a fazer parte de um dos feudos imperiais.

Em 1294, o rei Adolfo de Nassau cedeu ao arcebispo de Trier, D. Boemundo I, a cidade de Cochem, seu castelo e cerca de 50 cidades.

Desde então, os arcebispos de Trier, que também elegiam os imperadores, passaram a governar Cochem.

O arcebispo D. Balduino de Luxemburgo (1307-1354) engrandeceu-o e fortificou-o.

Em 1688, durante as famosas guerras de sucessão do Palatinado, as tropas do rei francês Luis XIV invadiram a região do Reno e da Mosela, se apoderaram do castelo e o incendiaram.

Cochem ficou reduzido a ruínas até 1868 – portanto, no século XIX, ao qual acima nos referimos – até que um rico homem de negócios de Berlim decidiu reconstruí-lo inteiramente a partir das ruínas, mas inspirando-se no estilo neogótico, muito popular no Romantismo alemão.

As brumas envolvendo o castelo de Cochem
As brumas envolvendo o castelo de Cochem
A mobília atual remonta aos tempos da Renascença e do Barroco.

O castelo se encontra a mais de cem metros acima do rio Mosela.

Sob o sol resplandecente do verão, ele supera em beleza, proporção e autenticidade os próprios castelos de Hollywood, tão fantasiosos quanto artificiais.

No inverno as brumas o envolvem, ressaltando aspectos de sua feérica figura, que ora aparecem, ora desaparecem entre as nuvens.

As muralhas externas, primeira linha defensiva em caso de guerra, se adaptam à topografia natural.

Árvores e vinhedos crescem até o próprio pé desses imponentes muros, numa harmoniosa integração da natureza e da civilização.

O arvoredo é como que prolongado por uma minifloresta de torres e pontas que combinam com a vegetação e a geografia, acrescentando o requinte da cultura católica.

Sobre uma torre mais larga, à direita da foto, surge a capela com uma torre de sino bem estreita e original, entre aquele ‘bosque’ de belos pináculos.

Veja vídeo
Cochem:
no vale do Mosela
No centro apreciamos o grande pátio interior, sobre o qual dão os diversos corpos de edifícios.

Eles formam um conjunto que se diria caótico de acordo com os critérios dos prédios quadrados e sem graça modernos.

Mas eles se harmonizam com insuperável poesia e beleza. Todos eles estão coroados com as mais diversas torrezinhas e janelas em ponta.

No centro surge a cidadela ou torre de menagem, a peça central do sistema defensivo, reinando com impressionante força e majestade.

Poder-se-ia achar que uma torre tão possante e muitas vezes mais imponente que as outras esmaga as torrezinhas.

Mas nada disso.

Tem-se a impressão de que as pequeninas se sentem protegidas e muito bem aconchegadas ao pé dessa formidável torre monárquica.

Duas torrezinhas de Cochem
Duas torrezinhas de Cochem
Essa torre de menagem é a rainha da ‘floresta’ de torrezinhas e o conjunto reina sobre o proeminente morro.

Embaixo o rio Mosela corre sereno e como que amparado à sombra da fortaleza.

As plantações de uva para vinho crescem abundantemente sobre as acentuadas encostas que ladeiam o rio.

Assim era o relacionamento social do povo com a nobreza, inclusive a mais elevada. E do medieval com o próprio Deus.

O pequeno se sentia bem protegido pelo grande, a quem servia com enlevo e veneração. Então todos os frutos da harmonia social podiam se desenvolver à vontade num ambiente de cooperação e apoio mútuo, pacífico e aconchegante.

O castelo vigia pela boa ordem do vale, como Deus vigia pela Ordem da Criação
A força e o aconchego estão por toda parte em Cochem, impregnados por uma fantasia ordenada pela lógica e pela fé.

Se por absurdo um anjo precisasse um dia repousar na Terra, por certo encontraria no castelo de Cochem uma residência ideal.

Então ele poderia, a partir de suas torres, entoar os melhores cânticos de glória a Deus num contexto cultural e natural condigno.


Vídeo: Cochem: castelo nas beiras do Mosela





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quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Se os homens tivessem continuado construindo castelos...

Clerans, Castelos medievais
Castelo de Clerans, França
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Idade Média gerou grandes castelos de fábula, por exemplo o de Chenonceaux ou o de São Luís.

Mas também produziu centenas e centenas de castelos de graus menores de beleza e magnificência.

E eles são muito bonitos e admiráveis também como o de Clerans na foto ao lado.

E, não só de castelos, mas casas senhoriais, burguesas e populares nas quais se espelhava qualquer coisa do brilho do grande castelo.

O universo dos castelos medievais não se compreende verdadeiramente, sem considerar esta dimensão social.

No período medieval o teor geral da vida possibilitou ao homem realizar na Terra não propriamente um mundo de gostosuras, mas sim um mundo de maravilhas e de realizações arquitetônicas, ultra-sapienciais e ultra-capazes de nos falar do Céu.

E por causa disso mesmo ultra-agradáveis para o homem peregrino nesta terra.

A beleza de Chenonceaux e dos castelos medievais não se exprime bem dizendo “que gostoso é morar aqui!”

Porque há um critério profundo que explica esses castelos mesmo os menos conhecidos como o fotografado ao lado, perto de Rocamadour, na região de Midi-Pyrenées.

Perto de Rocamadour, castelos medievais
Castelo em Rocamadour, Midi-Pyrénées, França
É a elevação de alma, a nobreza, a dignidade que engrandece o homem.

Não apenas ao senhor do castelo, mas até o jardineiro do castelo, como podemos ver na simpática casinha do encarregado do jardim (foto embaixo).

Nela, aliás, mora o atual proprietário de Chenonceaux, sendo o castelo continuamente visitado por turistas, viajantes e admiradores.

Os castelos cumpriam, e num grau enorme, a tão decantada "função social da propriedade privada".

Mas, não ficava nisso.

O castelo medieval irradiava em torno de si uma vida de feeria que elevava a vida do conjunto social a patamares que, no nosso massificado mundo hodierno, custa-nos imaginar.

Se esse movimento ascensional de conjunto não tivesse sido interrompido, até onde a civilização católica teria chegado?

Chenonceaux, casa do jardineiro. Castelos medievais
Casinha do jardineiro de Chenonceaux,
usada como moradia pelo atual proprietário do castelo.
Por certo, teria produzido uma imagem empolgante dos esplendores do Céu.

Essa imagem teria ajudado imensamente à prática das virtudes.

E, portanto, até contribuiria possantemente para a salvação das almas.

A cultura da morte, por exemplo, nem teria podido aparecer.

E se a Europa tivesse chegado a um patamar insonhado, até onde poderia ter chegado nosso Brasil sob a benéfica influencia da Civilização Cristã européia, da qual ele provém?


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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

CONSUEGRA: aparente brinquedinho, tremendo meio de defesa

Consuegra: sede da Ordem de Malta e cenário de batalha histórica
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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O castelo de Consuegra, na região de Castela la Mancha (Espanha), foi de início a fortaleza de uma importante cidade romana – Consabura – que possuía termas, muralhas, aqueduto e circo.

No século X, o líder islâmico Almanzor reergueu a fortaleza para garantir o domínio muçulmano nas comarcas vizinhas.

Porém em 1097, o líder Al-Mu'tamid cedeu o castelo ao rei Alfonso VI de Castela em virtude de um acordo.

A pose cristã durou muito pouco. Em agosto do mesmo ano, o rei perdeu o castelo na desastrosa batalha de Consuegra.

O castelo foi recuperado definitivamente no século XII e foi reconstruído pelos Cavaleiros Hospitalários de São João de Jerusalém (Ordem de Malta) em 1183.

A fortaleza se transformou no priorado da Ordem para a região de La Mancha.

A estrutura do castelo é atípica. Está composto por um corpo central quadrado com uma grande torre cilíndrica em cada um de seus lados.

Ele estava rodeado por uma muralha da qual só ficam ruínas.

Quem se avizinhava à fortaleza encontrava um espaço vazio denominado sentinela todo rodeado pelas muralhas. De ali podia aceder ao castelo propriamente dito.

Consuegra, priorado dos Hospitalários, fortaleza convive com a poesia
Em outros termos, se fosse inimigo seria trucidado de todos os lados.

A porta de acesso é emoldurada por duas estruturas cúbicas. Sobre a porta está o escudo do Prior da Ordem Juan José de Áustria e da nobre família Álvarez de Toledo.

O escudo indicava sob qual autoridade o visitante passava a ficar submetido.

Alfonso VI, dito o Bravo, rei de Leão e Castela, havia arrancado Toledo, antiga capital do reino visigótico em 1085. No ano seguinte sitiou Zaragoza, e os reis muçulmanos sentiram logo que iriam ser esmagados.

Apelaram à África. De lá veio o emir Yusuf ibn Tasufin chefe de uma fanática seita religiosa, os almorávidas, que apenas posto um pé na Espanha marchou direto contra o rei de Castela.

Alfonso VI levantou o cerco de Zaragoza e enfrentou a Yusufem em Sagrajas.

A batalha aconteceu em 15 de agosto de 1097 e resultou num desastre para a causa católica.

O rei estava acostumado a lutar contra régulos islâmicos decadentes e pelo menos a metade de seu exército foi massacrada.

Face a ele estavam os fanáticos da seita religiosa dos almorávidas que em sinal de sua crueldade agradeceram a Alá pela vitória sobre uma montículo de cabeças de cristãos mortos.

Consuegra defendia todas as regiões vizinhas
O “Cid Campeador” revidou tomando a praça forte de Valencia (1094) que transformou na capital de seu principado e que entregou ao rei Alfonso VI de quem se julgava vassalo.

“El Cid” ainda derrotou Yusuf em mais duas ocasiões: em Cuart de Poblet (1094) e em Bairén (1097).

Enquanto “El Cid” prosseguia com suas proezas, um novo exército almorávida capitaneado por Mohammed Ben al Hach marchou rumo a Toledo.

Mas, o rei Alfonso VI, que destratara o “Cid” não tinha o valor daquele herói.

Estabeleceu-se no castelo de Consuegra, se julgando seguro, considerando a esplêndida posição militar.

“El Cid” até enviou seu próprio filho Diego Rodríguez com tropas bem armadas.

A ofensiva do rei prejudicada também pela inimizade de certos nobres para com o “Cid” seu filho e seus homens, acabou em debandada.

Alfonso VI se refugiou na cidade, que caiu logo, e se retirou no castelo tido como inexpugnável.

Após oito dias de ferozes assaltos, os almorávidas estavam dizimados, esgotados pelo calor e desconfiando a chegada de reforços cristãos, se retiraram.

A morte de Diego Rodríguez, filho do Cid Campeador, é comemorada todo ano em Consuegra.

Fortaleza era um tremendo meio de defesa.
Yusuf ibn Tasufin, voltou em junho de 1098 a Marrakesh (África) satisfeito por suas numerosas conquistas.

A Cruzada de Reconquista da Espanha ainda demoraria anos para expulsar definitivamente os mouros do país.

Na foto ao lado do castelo, o fotógrafo soube valorizar muito bem o edifício, focalizando-o isolado no alto.

A impressão que causa é dupla: ao mesmo tempo que parece um brinquedinho, também ressalta a fortaleza como um tremendo meio de defesa.

Veja vídeo
Castelos espanhóis
Por um lado, parece pequeno dentro desse imenso panorama, mas de outro é colossal, se comparado com as dimensões de um homem.

É constituído de um feixe de torres, deixando transparecer claramente o aspecto heróico.

Qual a vantagem da torre?

Se duzentos homens atacam a muralha, podem fazer um esforço conjunto em toda sua extensão.

Penetrar pela força na fortaleza era dificílimo. Passagem denominada 'sentinela'

Entretanto, em relação à torre só é possível um esforço individual, pois quem está atacando de um lado não pode ser auxiliado pelo que está do outro lado, o que torna a defesa muito mais eficaz.

Se levarmos em consideração que o defensor no alto da torre está protegido contra pedras, chumbo derretido, água fervendo, setas, etc, e que o agressor está vulnerável a tudo isso, percebe-se como é difícil a tomada da torre.

Após forçar as defesas, o invasor encontrava a grade de ferro e um longo túnel
Compreende-se então como as torres “olham” com desdém para as elevações de terreno, impávidas diante do assalto dos adversários que pretenderiam atacá-las.


Na fortaleza, pequenos estandartes se mostram aqui, lá e acolá.

Poderíamos imaginar, nesse ambiente, um admirável cortejo de cavaleiros que partem para uma cruzada. Como seria belo isso!







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