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| Montrésor: um sonho feudal |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Montrésor é um castelo medieval que possui uma mansão renascentista dentro dos jardins.
Ele está localizado na cidade francesa do mesmo nome no departamento de Indre-et-Loire, na região melhor conhecida como Touraine.
Por volta de 1005, Foulques Nerra, conde de Anjou, deu um esporão que domina o vale do Indre para o capitão Roger le Petit Diable (“pequeno diabo”) ali construir uma poderosa fortaleza.
Sobre Foulques Nerra o grande construtor de castelos "cujos remorsos estavam à altura de sus crimes" CLIQUE AQUI
Montrésor teve um dos primeiros conjuntos construídos inteiramente em pedra, semelhante ao de Loches, e duas muralhas circulares.
Delas, só ficou a muralha oeste.
No século XII, quando Montrésor passou para as mãos do rei Henrique II da Inglaterra, foram construídas duas imponentes torres na entrada e uma parte da muralha norte.
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| Henrique II da Inglaterra fez duas imponentes torres na entrada |
André de Chauvigny, que voltou da Terceira Cruzada de Ricardo Coração de Leão, se tornou o novo senhor de Montrésor.
Posteriormente, durante quase dois séculos, o castelo passou a ser apanágio da família Palluau.
O castelo foi demolido em 1203 e reconstruído em 1393 por Jean IV de Bueil, que fechou as muralhas, erigiu a porta de entrada e os prédios externos ainda existentes.
Desde o início do século XV, quando a Corte passava mais e mais tempo na Touraine, Montrésor foi habitado por funcionários reais.
Em 1493, Imbert de Batarnay comprou Montrésor e construiu uma elegante residência no recinto feudal.
Hoje só subsiste a ala principal.
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| Montrésor: testemunho de séculos de história |
Ele exerceu longamente essa função, fato raro nessa época.
Foi hábil e astuto e participou em todas as negociações de seu tempo.
Ele foi particularmente responsável pela combinação do casamento de Ana da Bretanha com o rei que selou a união do Ducado da Bretanha ao reino francês.
Imbert também foi encarregado de preparar a guerra com a Itália, além de ser preceptor na educação dos filhos de Luís XII e Francisco I.
Durante os séculos XVII e XVIII nobres famílias ‒ como as de Bourdeilles e Beauvilliers ‒ moraram no castelo.
Porém, a desgraça acabaria se abatendo sobre ele.
A Revolução Francesa marcou o início de seu declínio.
Por volta de 1845, o conde Jouffroy de Gonsan demoliu a ala oeste da residência renascentista bem como a capela do castelo.
Passados os ventos de falsa modernidade, em 1849, o conde polonês Xavier Branicki deu nova vida a Montrésor, restaurando-o completamente.
O conde decorou o castelo com rico mobiliário.
Então, o castelo renascido das cinzas foi cenário de festas suntuosas.
A nobre família Branicki ainda conserva a propriedade da fidalga fortaleza e mansão.
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Impressionante esse castelo! estou encantada com
ResponderExcluira sua história.Obrigada!
Amei conhecer um pouco da história, tenho uma curiosidade, de onde surgiu o sobrenome de muitos, porque a família Montresor.
ResponderExcluirDesde já agradeço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFantásticas histórias e fotos que venho recebendo de vocês, dessas edificações que nos trazem uma mistura de sentimentos de mistério, de
ResponderExcluireternidade e fascinação, por estarmos tão longe, no tempo, quando foram eregidas. Castelos nos remetem há um tempo repletos de heróis, de vilões,
de guerras, de traições, de amor e de ódio. Nos levam a pensar que nesta vida tudo passa e se dissolve no tempo, menos quando nos deparamos
com antigas obras, de castelos e catedrais, que parecem que congelaram um momento, nos trazendo estranhos sentimentos, como uma saudade de um tempo que não vivenciamos. Nos faltam palavras e sobram imaginações. OBRIGADO PELAS REMESSAS. SAÚDE À TODOS.