O conquistador espiritual do Oriente se formou em austera e senhorial fortaleza |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Em Navarra, Espanha, cerca de 52 quilômetros a leste de Pamplona ergue-se o castelo de Xavier em uma elevação dominante sobre a vila.
São Francisco Xavier, igreja do Gesù, Roma |
Nele nasceu e viveu São Francisco Xavier, filho dos senhores Javier.
Por isso é o destino de uma concorrida peregrinação anual, chamada “Javierada”, em homenagem do santo jesuíta padroeiro de Navarra.
Ele recebeu o título de padroeiro universal das missões junto com Santa Teresinha e faleceu numa ilha olhando para a China, país que desejava ardentemente converter.
Passou à eternidade no 3 de dezembro de 1552, numa humilde esteira de vimes, abraçado ao crucifixo que o velho amigo Santo Inácio de Loyola, um dia lhe tinha oferecido.
Uma basílica foi construída para honrar o mais glorioso filho da casa |
Seu corpo incorrupto hoje se conserva numa urna de cristal na Basílica do Bom Jesus de Goa, santuário da Índia que atrai incessantemente numerosas romarias.
O castelo remonta a uma fortificação muçulmana do século X.
Após a Reconquista cristã da região, em 1236 o castelo foi entregue por Teobaldo I de Navarra a D. Adán de Sada. Cfr. Castelo de Xavier.
O conjunto arquitetônico consta de três corpos escalonados em ordem de antiguidade.
Destacam-se a “Torre do Santo Cristo”, o bastião e a capela nesta última destacando-se um original crucifixo tardogótico e uma série de pinturas murais representando a dança da morte.
A torre de menagem está dedicada a São Miguel e constitui a parte mais antiga do castelo onde está o museu dedicado à vida do santo.
O Santo Cristo da Torre que leva seu nome |
No século XI construiu-se o primeiro recinto de muralhas que envolvia as primeiras habitações.
No século XIII, foram acrescentados mais corpos de planta poligonal e duas torres.
Xavier provém da língua basca etxebarri (“casa nova”) de onde derivou “xabier” e posteriormente, “javier” em castelhano.
Após sucessivas heranças, o castelo passou ao domínio da Casa de Villahermosa.
Ao final do século XIX, o castelo estava praticamente em ruínas e seus proprietários iniciaram a restauração.
Dada a envergadura das obras, toda a família participou com fundos próprios para restaurá-lo, edificar uma Basílica e moradias para sacerdotes e casas de exercícios.
Já em princípios do século XX, a duquesa de Villahermosa doou o imóvel e a Basílica à Companhia de Jesus com a condição de que os mantivesse tal como os entregou.
Na cripta da Basílica descansam os membros da Casa de Villahermosa que contribuíram para as obras de reconstrução do castelo e de construção da Basílica.
A fortaleza virou um santuário legendário |
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