quarta-feira, 20 de junho de 2018

Aspectos das famílias que deram vida aos castelos

Azay-le-Rideau refletido na água
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Excertos das memórias do acadêmico francês Jean d'Ormesson, “Au plaisir de Dieu”, Ed. Gallimard, 1980, 626 páginas



“Meu avô era um velho distinto, vivendo de suas recordações. Ele permanecia apaixonadamente ligado à monarquia legítima.

“Flutuava entre nós, certamente um pouco acima de nós, um personagem silencioso e ausente : era o rei.

Nós não dávamos importância aos homens de teorias. Gostávamos dos pintores, dos arquitetos, dos homens de guerra e de Deus.

O castelo da família representava nossa própria mitologia. O castelo tinha um papel imenso em nossa vida de todos os dias.

“Talvez se pudesse dizer que ele era a encarnação do nome : ambos eram envolvidos na mesma atmosfera do sagrado. (...)



Maintenon: galeria dos antepassados
“E como tínhamos razão de desconfiar da técnica !

Nós a detestávamos, como detestávamos o progresso. As máquinas e os motores começavam a crepitar seus estalos e a percorrer nossas estradas…

“O telefone começava a tilintar, não em nossa casa, mas na casa de nossos primos. Um verdadeiro frenesi de mudanças tomou conta dos homens.

“E pouco a pouco tudo nos escapava das mãos… e todos repetiam em torno de mim que, sem Deus e sem o rei, sem esperança e sem fé, os homens tinham escolhido sua perdição.”


(Autor: Jean d'Ormesson, “Au plaisir de Dieu”, Ed. Gallimard, 1980, 626 páginas.)



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3 comentários:

  1. Postagens magníficas, dignas da publicação de um livro.

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  2. Caro Professor Dufaur, um povo sem lei, nem rei, torna-se massa de manobra fácil nas mãos das potestades e dos aproveitadores, como ensinou Santo Padre Pio XII. O senhor, nesta cátedra digital, faz muito bem ao povo que aspira ter de volta a humanidade que lhe foi tomada.

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  3. Caro Professor Dafaur, sua cátedra digital arma o povo para que recupere sua humanidade usurpada pela massificação. Que Deus o ilumine mais ainda, para proveito de todos nós.

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