terça-feira, 28 de outubro de 2014

Castelo de Trujillo:
magnífico símbolo de heroísmo

Luis Dufaur


Este é o castelo de Trujillo, localizado na província espanhola de Cáceres. É digna de nota a tática empregada na sua construção: muralhas extensas e torres enormes.

Se construíram muralhas tão grandes, por que edificar torres tão salientes? Não seria melhor concentrar tudo na muralha? Qual é o papel militar da torre?

A finalidade da torre era a seguinte: os inimigos quando atacavam eram enfrentados dos dois lados. Tática que oferecia aos defensores um embasamento melhor.

Os atacantes levavam altas escadas e catapultas — aparelhos que lançavam pedras pesadíssimas sobre os que guarneciam a muralha —, também dardos incendiários e barricas com material incendiário projetados para dentro do castelo.


Assim, as torres e muralhas constituíam o sistema de defesa, mas não eram inexpugnáveis. Era árduo tomar um castelo, mas uma glória tê-lo conquistado.

Entretanto, nos séculos em que as armas de fogo começaram a serem utilizadas, esses castelos perderam o significado militar para as grandes guerras, nas quais se passou a utilizar canhões e o castelo não mais conseguia resistir.

Desse modo, muitas fortificações foram arruinadas. Símbolos magníficos de heroísmo que foram assim arrasados.

Para se evitar essas ruínas, a solução teria sido haver nobres que habitassem os castelos, mas isentos de espírito de revolta contra os reis; e reis que não desejassem liquidar os nobres, nem as autonomias regionais.

A raiz do mal: os soberanos, os senhores e os povos estavam decaindo religiosamente. Era a decadência produzida pelas três Revoluções — a protestante, a francesa e a comunista, como explanadas em minha obra Revolução e Contra-Revolução.

Como consequência, nada mais funcionava bem. E, assim, chegou-se ao caos da época atual.

Afastando-se Nosso Senhor Jesus Cristo, Nossa Senhora e a Santa Igreja do centro dos acontecimentos, envereda-se para a via do caos.

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, Excertos da conferência proferida em 5 de maio de 1984. Sem revisão do autor, apud CATOLICISMO, outubro 2014)

O castelo de Trujillo, na região de Extremadura, na Espanha, foi construído entre os séculos IX e XII sobre o morro conhecido como Cabeza del Zorro (Cabeça da Raposa).

Os fundamentos mais antigos que ficaram em pé são duas cisternas árabes. Muros e torres foram feitas com blocos de granito.

A porta de entrada com seu arco em forma de fechadura evoca reminiscências árabes.

Mas é presidida por uma imagem de Nossa Senhora da Vitória, padroeira de Trujillo, que fala de lances épicos e proteções sobrenaturais.

Originariamente possuía 7 portas, mas atualmente só ficam quatro: as de Santo André, Santiago, de Coria e do Triunfo, reformadas nos séculos XV e XVI.

As torres em pé são 17, todas de forma retangular.

A área protegida pelo recinto amuralhado é conhecida como o Bairro Velho da cidade.




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4 comentários:

  1. Gastão de Brito e Silva29 de outubro de 2014 às 23:45

    Viva, antes de mais.... obrigado pelo seu trabalho e parabéns pela qualidade que sempre teve e mantém...
    Apenas lhe escrevo para partilhar uma curiosidade sobre este castelo que foi severamente danificado pelo terramoto de 1755, mantendo-se em ruínas até ao século XX. Quando foi reabilitado, o empreiteiro colocou no devido lugar doze pedras de armas que pertenciam a uma destas torres, sendo que uma delas de perdeu, foi substituída pelo brasão do clube de futebol que o dito empreiteiro apoiava...

    Aproveito para lhe dar a conhecer estes dois sites: www.moulin.nl e www. patrice-besse.com , caso algum dia pondere em adquirir um destes monumentos, que são mais baratos (ou menos caros) do que se pode imaginar.
    Muita LUZ
    www.ruinarte.blogspot.pt

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  2. muito obrigado,pelo envios desses emails,saiba que estou contruindo um castelo também,em minas gerais,,,abs

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  3. Obrigado pelas excelentes imagens e rica informação.

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  4. Desde pequeno sempre gostei de Castelos Medievais, fui crescendo e gostando cada vez mais. Achava no início que era só eu que tinha este gosto extravagante, pois todos gostavam de casas e prédios e eu de gostava de Castelos. Hoje já aposentado, tenho o prazer de morar em um Castelinho dentro da zona urbana de São Paulo, a poucas quadras do Metrô. Por questões de segurança, não posso informar o endereço, mas gostando de história como eu gosto, consigo viver e sentir o clima da época.

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