Pierre-Louis de La Rochefoucauld, duque de Estissac, e sua esposa a duquesa Sabine |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Pierre-Louis de La Rochefoucauld, duque de Estissac, declarou ao jornal irlandês “The Irish Times”, que ele não comemora o aniversário da queda Bastilha, fato revolucionário que marcou o inicio da derrocada da monarquia na França.
O duque afirma que são muitos os nobres franceses que assumiram essa posição, e que o socialismo ovante do presidente François Hollande os vem reforçando nessa recusa.
“Na Revolução Francesa nós tínhamos que fugir, nos esconder ou sermos mortos”, explica. No dia da Bastilha, há 224 anos, seu antepassado François Alexandre Frédéric de La Rochefoucauld foi interrogado pelo decadente rei Luis XVI se havia uma revolta em Paris.
E ele respondeu com uma frase célebre: “Não, majestade. Não é uma revolta, é uma revolução”.
Desde então se sucederam nove gerações de La Rochefoucauld, família cuja linhagem está solidamente estabelecida pelo há menos mil anos, desde Foucaud I em 1019.
Cerca de 15 membros dessa família foram guilhotinados durante as criminosas jornadas revolucionárias.
Beato Pierre-Louis de La Rochefoucauld-Bayers (1744-1792), bispo de Saintes, mártir da Revolução Francesa |
“Ordenaram a eles reconhecer a nova Constituição da Igreja sob a Revolução. E todos disseram ‘Não’. Eles foram levados um por um ao jardim, onde dúzias de ‘patriotas’ caíram acima deles matando-os com martelos e facas”.
D. Pierre-Louis de La Rochefoucauld foi beatificado em 1920 e seria canonizado não fosse o fato, segundo o duque, de o Episcopado temer o governo republicano.
“Na França, todo governo empossado julga que a Revolução Francesa foi uma coisa maravilhosa”, diz ele com tristeza.
Mas, “se o senhor for a um igreja, encontrará pessoas como eu. A cavalaria é a base da velha nobreza, e a fé católica é a base da cavalaria. Em toda Europa há famílias como a nossa”, acrescenta.
Manifestação contra o 'casamento' homossexual, Paris |
Os manifestantes estavam “felizes e simpáticos, mas eu fiquei horrorizado com a conduta da polícia”, observou ele.
Se dúvida pudesse haver, o ministro da Educação socialista, Vincent Peillon, afastou-as de uma vez.
No seu livro A Revolução Francesa não terminou, ele incita a acabar com a religião católica e os conservadores religiosos em geral, acusando-os de se oporem à ideologia de gênero e ao “casamento” homossexual.
Para o duque, o atual governo socialista é a continuidade hodierna do regime do Terror jacobino.
Na França, seis mil nobres lutam para frear tanto a erosão de suas propriedades – simbolizadas pelos seus castelos – quanto as suas tradições, inscritas em quase todos os cantos do país.
O duque gosta de caçar na floresta de Orleans, prática secular intimamente ligada aos primórdios da nobreza na Idade Media que a legislação socialo-ecologista quer proibir esta.
Castelo de Bonnétable: restaurado e mantido pela família La Rochefoucauld. A nobreza mantém de iniciativa própria grande parte do patrimônio histórico familiar da França |
“Eu acho que é horrível, horrível. E eu não estou sozinho nisso”.
Ele objeta as fortunas baseadas nas finanças, pois provêm e produzem coisas que têm uma realidade fictícia, passageira, enganadora.
Aparentemente, essa atitude dos nobres seria partilhável pelo presidente socialista Hollande, que se diz contrário ao capitalismo, bem como por muitos outros arautos que gostam de se exibir como defensores dos pobres.
Mas pode-se “tirar o cavalo da chuva”, pois esses “generosos” e “humildes” populistas odeiam as posições da nobreza, porque estas se inspiram verdadeira e sinceramente no exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo.
GLÓRIA CRUZADAS CATEDRAIS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS
Prezado, por favor:
ResponderExcluir...Qual código usa pra inserir a imagem "flutuante" à direita, na estátua que, creio, seja de Santa Joana 'Arc?
Agradeço,
Alex Diniz.
Achei neste endereço: http://www.ferramentasblog.com/2009/01/imagem-flutuante.html
ExcluirMuito obrigado pela dica, Sr. Dufaur...!
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